Peter Hook no Clubbing Optimus

O meu sábado de música culminou com o concerto de Peter Hook e a sua banda que vieram até à Casa da Música, esgotar a sala Suggia e homenagear a memória de Ian Curtis, tocando o primeiro álbum dos Joy Division – Unknown Pleasures.

É lógico que o Peter nunca foi conhecido por ser bom cantor e claro que a sua voz fica a muitos “quilómetros” de distância da de Ian, mas a nível instrumental a banda esteve irrepreensível. Havia um segundo baixista que acaba por ser o baixista principal, para que o ex-Joy Division possa fazer as suas “coreografias”, ora apontando para o céu, ora para o público.

O concerto só terá desiludido que se iludiu, a banda que todos gostamos acabou há trinta anos. Muitos dos que estavam presentes (eu incluído) só conhecemos os Joy Division, alguns anos depois de terem acabado. Mesmo assim o que levou tanta gente ao concerto foi a possibilidade de viver essa memória.

Nisso ninguém pode dizer que foi defraudado. O que ouvimos no Porto foi uma banda de tributo, com um mau vocalista que até se enganava nas letras quando desviava muito os olhos do caderno onde estas estavam escritas.
Apesar disso bastava fechar os olhos e a imagem de Ian saltava logo à memória e isso soube muito bem.

O concerto abriu com “No Love Lost”, seguido de “Leaders of Men” que fez com que a maioria se pusesse de pé, para raramente se voltar a sentar, “Unknown Pleasures” foi tocado na íntegra e foi num encore que começou com “Warsaw” que se ouviram “Transmission” e “Love Will Tear Us Apart”, este era seguramente o tema mais esperado da noite e com ele a casa quase que “vinha abaixo”, rematando em alta uma noite que foi bastante agradável e em que as memórias falaram alto, valeu a pena ter lá ido.

Este foi o alinhamento completo:

No Love Lost
Leaders of Men
Glass
Digital
Disorder
Day of the Lords
Candidate
Insight
New Dawn Fades
She’s Lost Control
Shadowplay
Wilderness
Interzone
I Remember Nothing


Warsaw
Transmission
Love Will Tear us Apart