São dois álbuns distintos, já que o primeiro é mais pop, fusão com West Coast jazz, eletrónica lo-fi e soul music, o segundo é um jazz muito ligeiro e alegre, com “pitadas” de pop.
Comecei por definir “luxo”, porque o Bruno Pernadas reúne no mesmo palco dez músicos da nata do indie nacional. Todos eles de vários projetos inovadores e fresquinhos, a começar no João Correia (bateria) que faz parte dos Tape Junk, Francisca Cortesão (guitarra e voz) dos Minta & The Brook Trout, Afonso Cabral (voz e guitarra) dos You Can’t Win Charlie Brown, Nuno Lucas (baixo elétrico) do Benjamin, Margarida Campelo (voz, sintetizador e teclados) dos Cassete Pirata, Diogo Duque (Trompete e flugelhorn) que toca habitualmente com músicos de jazz como o Gileno Santana, João Capinha (Saxo alto, tenor e soprano), que integra a formação do Desidério Lazaro, e Diana Mortágua na flauta.
O concerto, de pouco mais de uma hora, percorreu os temas do disco novo dos “crocodilos”. Num clima de festa e happening, esta reunião atípica de músicos em palco brindou o público com uma dose generosa de harmonia, brilhantemente guiada pelo Bruno, mais que um mestre-de-cerimónias, é o verdadeiro maestro em palco na condução desta “orquestra” fantástica.
O deleite auditivo tinha o tempo contado e como o velho ditado diz “o que é bom acaba depressa”, demos por muito satisfeita a entrega do nosso tempo neste fantástico acontecimento da passada sexta-feira, 23 de Setembro.
Sextas feiras assim serão sempre muito bem vindas e concertos do Bruno Pernadas sempre a ter em conta, mesmo com formações de menor dimensão.
Texto e Fotos de Miguel Estima
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