Não é só no Verão que existem Festivais. É provável que existam em maior quantidade e diversidade, contudo, no outono também existem. Com uma programação arrojada, a Universidade do Minho nos seus dois polos em Braga e Guimarães desenvolveu um conjunto alargado de atividades, passando pelo teatro, leituras encenadas, poesia, e claro está, pela música que vai desde o jazz, à clássica e muita world music.
Na impossibilidade de frequentar mais concertos a escolha passou pela noite de sábado,15 de outubro, e pelos concertos que decorreram na Reitoria da Universidade, mais concretamente no salão medieval. Sala nobre da universidade, convertida em salão de festas.
Com três concertos a noite começou com o cinquentão sírio Omar Souleyman. Talvez nome mais brilhante e conhecido da noite, apregoou os seus ritmos arábicos, em jeito de pimba, mas sem bailarinas, convertendo os corpos dos assistentes em movimento, como de serpente em rodopio se tratasse.
A noite continuou com Crocodilo Criollo, projecto de inspiração afro-peruana, que reúne manifestações musicais negra e crioula, usando uma narrativa de forte pendor interventivo e social. A manifestação mais folk da noite, onde a camada juvenil presente esteve mais atenta a toda a presença em palco.
Para terminar a festa no salão, o duo de electrónica lisboeta Fandango, subiu ao palco, já o relógio passava em muito a meia-noite programada. Gabriel Gomes (Sétima Legião e Madredeus) no acordeão, e Luís Varatojo (Peste & Sida e A Naifa) na guitarra portuguesa, presentearam uma boa dose de uma mistura exótica entre o electrónico e o acústico, a misturar sintetizadores, com instrumentos acústicos, com uma forte componente visual, fazendo a verdadeira festa de electro-beat português com classe.
Um Festival para ter em conta, na rota pós Verão!
Texto e Fotos de Miguel Estima.
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