Foi com a plateia completamente cheia que o Teatro Aveirense, acolheu a 4ª edição do Roque Beat, desta vez os “animadores de serviço” eram os You Can’t Win Charlie Brown e os Paus.
Pouco depois da hora marcada, coube aos primeiros as honras de abertura de uma excelente noite de música e boa disposição.
Com um concerto que viajou entre Chromatic o belíssimo primeiro álbum e o homónimo EP - YCWCB, o grupo soube cativar a audiência, desde o primeiro minuto.
Aliado às belas canções houve sempre doses maciças de bom humor e boa disposição entre os elementos da banda que voluntária ou involuntariamente, foram contagiando com sorrisos todos os que estavam na sala. Tornou-se impossível resistir a tão “boa onda” transbordava do palco e inundava toda a plateia.
O concerto começou, ironicamente (?), com o tema An Ending, aquele que termina o álbum de estreia, logo seguido de Until December e Green Grass #1.
Parti para este concerto sem grandes expectactivas e a partir daqui já estava completamente conquistado, as polifonias das vozes dos vários elementos que cantam, a variedade de instrumentos que tocam a multiplicidade de sons que se vão ouvindo são arrebatadores.
A While Can Be a Long Time, Sad Song o primeiro tema do EP de apresentação, I’ve Been Lost, The Song Below, Device e Sort Of, estes três também do EP, continuaram o encanto.
O final veio com o tema Over The Sun/Under The Water que abre o disco em grande e que encerrou a primeira parte desta noite de Roque Beat em beleza.
Depois de um breve intervalo vieram os Paus, uma banda que apresenta uma música maioritariamente instrumental, em que as vozes mais parecem outro instrumento, e que saem fora de todos os formatos a que a maioria das pessoas está habituada.
Um Baixo, uma bateria siamesa e as teclas, além das vozes, são o que basta para o som de Paus, um som arrebatador que não deixa ninguém indiferente. Talvez por isso já estejam a gerar um culto enorme à sua volta. Aveiro claro, não foi excepção e desde os primeiros sons mostrou o seu agrado em ter cá esta banda.
Língua Franca abriu as hostilidades, seguido de Mudo e Surdo e rapidamente estava instalado uma espécie de caos dançante que só não ficou mais próximo do palco exclusivamente por razões de segurança. Com um som alto demais para o meu gosto seguiu-se Malhão e Deixa-me Ser.
Para os temas Descruzada, Tronco Nu, Ocre e Muito Mais Gente, já tinha vindo mais para perto da mesa de som e aí já me pareceu que o som não estava tão agreste como lá à frente, aí pude apreciar da melhor forma a “desbunda total” que foi o tema Pelo Pulso, tocado em conjunto com os YCWCB, companheiros de Tour Roque Beat 4 que ajudaram a fechar da melhor forma uma grande noite de música portuguesa.
Já este fim-de-semana vai ser possível ver novamente estas bandas no Festival Bons Sons em Cem Soldos naquela que, musicalmente, vai ser a aldeia mais portuguesa de Portugal durante quatro belíssimos dias.
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