Ainda agora começava a terceira edição do Festival ENTREMURALHAS para logo acabar, no dia seguinte - moral da história: Os festivais acabam porque têm de acabar. E acabam porque têm de recomeçar, e depois daquilo que pudemos testemunhar uma vez mais, dentro dos muros medievais do Castelo de Leiria, seria muito difícil equacionar a hipótese de não haver edição em 2013 – a não ser que o calendário Maia nos venha incomodar mais do que aquilo que já conseguiu, e mesmo assim seria para recomeçar de novo. O que mais distingue, de antemão, o ENTREMURALHAS da maioria dos outros festivais de verão neste país, é que é inteiramente non-mainstream, sem ser exactamente underground, porque isso é já em si, um conceito gasto.
Chamá-lo um festival alternativo, um festival gótico (que o é “mas não só!...”), mas também um festival darkfolk ou industrial, será sempre exercício limitador de possibilidades e só interessa àqueles que não sabem ao que vão – mesmo em trabalho – ou para os que têm a mania de pôr etiquetas em tudo, desde os tempos da escova de dentes no infantário… por momentos, temos uma vontade nostálgica de trazer de volta as imortais “rádio soundbytes” de António Sérgio e dizer que este é “O” festival de música “rebelde” que ainda subsiste, mas não seria, quiçá, justo com outros que ainda assim defendem acerrimamente as suas cores.
A FADE IN, e nomeadamente para este festival, protagonizada pela empatia dinâmica de Carlos Matos e de toda a sua equipa, não se reduzindo portanto à sua mediática imagem, só pode estar orgulhosa e realizada pela consecução de tal feito, pela terceira vez.
Não seria demais lembrar, ao cabo da terceira edição, que são já bastantes os nomes significativos das áreas musicais estimadas que actuam neste castelo nos finais de Agosto; este ano, o cartel para os dois dias incluía as actuações de JO QUAIL (GB), STELLAMARA (USA), ROME (LUX), CLAN OF XYMOX (NED) e SUICIDE COMMANDO (BEL) no primeiro dia, e DERNIÈRE VOLONTÉ (FRA), DAEMONIA NYMPHE (GRE), OF THE WAND AND THE MOON (DIN), THE BEAUTY OF GEMINA (CH) e VNV NATION (GB) no segundo dia.
Estamos a falar não só em ecletismo – como se pode ver – mas também em criteriosa escolha, capaz de efectivar um espírito de mobilização totalmente abrangente dentro destes géneros musicais, genuinamente promotora daquela sensação de “evento” festivo. Obviamente que nestas condições, localização e advento de bom tempo no último fim-de-semana de Agosto, há sempre um factor intrínseco que não depende única e exclusivamente da razão, da praxis e da realidade tangível – é uma quinta-essência que toma corpo na quinta coluna que sustenta a logística do festival e sobe à alma da totalidade dos visitantes. Em verão do nosso descontentamento, a magia operou-se.
O Castelo de Leiria, bem no centro da cidade, o seu avistamento - e as suas vistas -, a sua silenciosa elegância e o rufar interno das suas memórias históricas, do seu simbolismo cultural pátrio que, ligado insofismavelmente a figuras como D. Dinis, Camões ou ao recentemente falecido professor José Hermano Saraiva, o torna talvez o mais eloquente dos nossos castelos, é a premissa base para fazer do ENTREMURALHAS o festival de música em Portugal com a mais pitoresca localização.
Assim que se entra no secular centro histórico, atravessando as ruas estreitas animadas por comércio verdadeiramente cultural, e se começa a subida para as suas partes, o visitante festivaleiro assume ele próprio o papel de peregrino. E, quando se trespassa os portões, a viagem dúplice no tempo passa a ser uma constante. Dadas as condições e exigências de conservação do património histórico, a lotação por noite para o festival, encontra-se limitada a pouco mais de 700 pessoas, o que, à priori denota a ausência de preocupações mercantilistas da organização FADE IN.
Os três palcos, distribuídos ao longo dos caminhos do castelo, têm uma função específica – o palco denominado “Corpo” no largo terreiro em frente aos portões, é dedicado aos grupos musicais de maior mediatismo, e nele actuaram este ano os holandeses CLAN OF XYMOX, os belgas SUICIDE COMMANDO, os suiços BEAUTY OF GEMINA e os ingleses VNV NATION, bandas que reuniam largo consenso de aceitação entre o “clã” musical de visitantes mais predominante no ENTREMURALHAS, autodenominado Gótico, carismático pelas indumentárias e estética mais vampiresca ou romanticamente mórbida. Estes concertos distribuídos pelas duas noites, imprimiram ao ENTREMURALHAS o seu cunho de verdadeiro festival de rock gótico, com uma plateia espontânea dançante e excitada por tudo o que se passava em palco.
O último fim-de-semana de Agosto é, desde o início desta segunda década do novo milénio, sinónimo de viagem marcada até à cidade do Lis, onde, no seu imponente castelo, a FADE IN organiza o ENTREMURALHAS, aquele que é já um dos mais importante eventos internacionais, destinado a uma “tribo” cuja cultura se encontra intrinsecamente ligada aos encantamentos poéticos de Edgar Allan Poe, pela negra estética vitoriana e de cabaret, bem como pelas personagens criadas por Tim Burton ou, em alguns dos mais jovens elementos do público, pelos bonecos de manga japonesa.
É, assim, um festival em que todos são participantes.
O primeiro lugar aos artistas, porque em grande medida, será por sua causa que o ENTREMURALHAS atinge o seu esplendor; também a organização da FADE IN, que é uma garantia de qualidade, ainda os comerciantes, pois o festival reúne umas quantas “bancas” de comércio pouco tradicional, e finalmente o público, como figurantes do belo quadro monocromático em que o castelo do Rei D. Dinis se transforma nestes dois dias, sendo também um dos principais componentes deste ENTREMURALHAS.
Em 2012, o Festival ENTREMURALHAS apresentou já uma maturidade organizacional, que falta a muitos dos outros festivais, que abundam por este país fora, durante o verão. Depois da opção por três dias de festival da edição do ano transacto, a FADE IN voltou ao formato de dois dias (sábado e domingo), tornando-se é certo mais curto mas mais intenso com uma distribuição equitativa de duas bandas por noite em cada um dos dois palcos principais (Alma e Corpo). O espaço idílico que é o castelo de Leiria, poderia mostrar-se cheio de entraves à realização deste tipo de evento, devido às suas condições morfológicas. No entanto, a repartição dos diferentes espaços mostrou-se uma vez mais perfeita, tendo as ruínas da Igreja de Santa Maria da Pena como ponto de equilíbrio entre o estilo arquitectónico e o espírito do festival.
E foi nesse espaço que, verdadeiramente se iniciou o ENTREMURALHAS 2012, com a primeira de muitas das estreias em palcos nacionais, com que este festival no brindou: a presença delicada e bem-disposta de JO QUAIL no palco das ruínas da Igreja da Pena. Violoncelista moderna, virtuosa quanto baste e capaz de uma entrega visionária na reprodução das suas criações, JO começou com um bom momento de humor, conversando com o público e arrancando com o seu cello futurista…unplugged. A lição número um a aprender, segundo JO, por todos os aprendizes de violoncelista elétrico – ligar o jack.
JO QUAIL, apresentou-se sozinha em palco, acompanhada apenas pelo seu peculiar violoncelo, cujos diferentes acordes ia gravando em loops, técnica que fez questão de referir, não fossem os presentes julgar que estava a “fazer batota”, compondo assim as diferentes camadas sonoras de que a sua música experimental e ambiental é rica. Com um inicio de concerto cheio do chamado “nervoso miudinho” e bom humor, JO QUAIL foi-se aos poucos libertando da responsabilidade da abertura do evento, passando com enorme mestria pelos temas do seu primeiro e único álbum a solo até ao presente “From The Sea”.
A etapa seguinte desenrolou-se no Palco Alma, localizado junto à Torre de Menagem e cujas características do espaço físico que o rodeia deu origem ao nome muito apropriado deste festival.
As honras de abertura do Palco Alma foram entregues aos STELLAMARA. Apesar de se tratar de um colectivo norte-americano a sua música tem raízes centralizadas na cultura e tradições arábicas, turcas, balcânicas e persas, bem como nas tradições medievais europeias tal como parte dos seus elementos, como o caso da vocalista, a bela Sonja Drakulich, com origens serbo-hungaras.
O concerto deste ensemble mágico contou assim com passagens por geografias sonoras dispares, com momentos brilhantes, tais como os temas populares búlgaros, com a voz de Sonja a não dever nada às interpretes do famoso canto das vozes búlgaras, assim como a interpretação de “Song to the Siren”, mais próxima da versão This Mortal Coil e da voz de Liz Frazer que do original de Tim Buckley, mas que serviu para a devida homenagem a ambos.
Outro dos pontos altos (literalmente) do concerto dos STELLAMARA, foi o momento de dança oriental feito pelo outro elemento feminino do colectivo na muralha circundante, levando a que todo o público virasse, momentaneamente, as costas para o palco. Esta apresentação dos STELLAMARA, foi a melhor estreia que poderia ter tido em palcos nacionais, ou não fosse o castelo de Leiria o cenário ideal e natural para este momento.
Vindos do grão-ducado do Luxemburgo os ROME foram a terceira banda a subir a palco, sendo, também a terceira estreia em palcos nacionais. Jerôme Reuter acompanhado de mais três elementos, eram, sem dúvida, os mais aguardados pela grande maioria do público, sendo notória a presença entre estes de mestres da obra dos ROME, que embora restrita a meia dúzia de álbuns, o último dos quais triplo e de uns quantos EP’s, é já suficiente para serem considerados como a banda com maior culto entre os presentes neste ENTREMURALHAS. Apesar da presença de um contrabaixo elétrico, de um mini-sintetizador KORG e das percussões, o certo é que só a presença de Jerôme e a sua guitarra, seria bastante para que este fosse um concerto memorável.
Mas, com o acompanhamento tudo ficou perfeito, ficamos apenas com um sentimento de que as cerca de quinze canções com que fomos brindados, nomeadamente “Little Rebel Mine”, “The Pyre Glad” ou “Sons Of Aeeth” todas do último “Die Aesthetik Der Herrschaftsfreiheit” ou o brilhante final com “Swords To Rust – Hearts to Dust” do anterior “Flower From Exile” foram poucas para a satisfazer a imensa espera até vermos os ROME em solo Luso, pois a obra de JeROME e a nossa vontade em ouvi-la, era condição suficiente para que o resto da noite fosse passado no Palco Alma na sua companhia. No entanto, tal foi amenizado com a partilha de vários minutos com esse brilhante comunicador que é Jerôme Reuter, pois que, enquanto o público debandava para junto do Palco Corpo, o Café Europa foi trocar com ele dois dedos de conversa, que partilhamos com os nossos ouvintes:
- ENTREVISTA a Jerôme Reuter na Emissão 37 do Programa Café Europa onde poderão efectuar o download da primeira hora aqui e, da segunda hora aqui
1.ª HORA http://www.mediafire.com/?u7ybt2m1nwl0th7
2.ª HORA http://www.mediafire.com/?brj1iq6qc5cm546
Depois do momento bem passado na companhia de Jerôme Reuter, pouco nos restou do concerto dos holandeses CLAN OF XYMOX que entretanto tinha iniciado no Palco Corpo.
Do pouco a que podemos assistir, e na companhia da tradicional bifana de porco no espeto, o trio CLAN OF XYMOX, agora mais projecto pessoal de Ronny Moorings, encontra-se bem longe das sonoridades que marcaram o inicio da sua carreira ainda nos anos oitenta do século passado, centralizando-se, tal como apontava já os seus últimos trabalhos numa electro darkwave que serviu na perfeição para aquecer parte do público para os SUICIDE COMMANDO.
Integrando o cartaz do ENTREMURALHAS 2011, os SUICIDE COMMANDO viram-se forçados a cancelar a sua presença em Leiria no ano passado, devido a um súbito problema de saúde do seu vocalista e mentor, Johan Van Roy. Todavia, a vontade quer da FADE IN, quer dos SUICIDE COMMANDO, em marcar presença no ENTREMURALHAS e com ela estrear-se em palcos nacionais, era grande tendo ficado quase acertada a sua presença nesta edição de 2012, desde aí.
Esta era outra das estreias há muito aguardadas por grande parte do público do ENTREMURALHAS e tal foi evidente na reacção que cada tema foi recebido, com todos os corpos em constante movimento pois as batidas sincopadas fortes e avassaladoras não permitiam pausas para descanso, com o volume a atingir o máximo com o novo “Attention Whore”. No entanto, descanso foi o que nós procuramos ainda com os SUICIDE COMMANDO em cima de palco pois o dia seguinte prometia também ele ser longo e com momento brilhantes tais como tínhamos sido presenteados até então.
O dia terminava com a debanda do Castelo, encosta abaixo e pelas ruas estreitas e ruelas do bairro histórico, de volta ao hotel. O Corpo estava desfeito mas a Alma edificada e com grandes expectativas para o dia seguinte.
Para o segundo dia deste ENTREMURALHAS 2012, outro dos momentos por nós há muito aguardado.
Mais uma estreia em Portugal, no caso do projecto do francês Geoffroy Delacroix - os DERNIÈRE VOLONTÉ. Apesar do nosso receio inicial de que o espaço se mostrasse exíguo para um público ávido de os ver ao vivo, o certo é que mais uma vez se confirma que a organização faz as escolhas certas dos locais e, neste caso, esta foi muito, mas muito bem-feita.
A Igreja da Pena mostrou-se o espaço ideal, para que a dupla de percussionistas Geoffroy Delacroix e Andy Júlia, acompanhados da caixa de ritmos, debitassem batidas do melhor militar-pop feito nos dias de hoje. A base do concerto foi, claro está o novo “Mon Meilleur Ennemi”.
No final do concerto eram audíveis comentários dos presentes manifestando o seu agrado e referências a qualquer coisa como “um dos melhores momentos dos Entremuralhas”. Nós … concordamos plenamente.
Para que nada deste concerto se nos escapasse, fomos conversar um pouco com Geoffroy D. e Andy J., acerca da sua música e da sua presença em Portugal e de que partilhamos com os nossos ouvintes:
ENTREVISTA a Geoffroy Dellacroix dos Dernière Volonté na Emissão 38 do Programa Café Europa -
Poderão efectuar o download da primeira hora aqui http://www.mediafire.com/?tiudxh33s4tuiox
e, da segunda hora aqui
http://www.mediafire.com/?qwe4uaji3c7duzf
Porque a conversa com Geoffroy D. foi longa e interessante e porque também era necessário visitar o porco no espeto, não chegamos a tempo de assistirmos a outra das estreias, no caso, os gregos DAEMONIA NYMPHE. Herdeiros das tradições da Grécia Antiga apresentaram-se no ENTREMURALHAS, com a sua música evocativa, mitológica e milenar, utilizados instrumentos ancestrais, exclusivamente manufacturados para a banda pelo britânico Nicholas Brass. Desse espólio personalizado fazem parte a Lira, o Barbitos (instrumento de cordas), a Flauta Dupla, e o Krotala (espécie de castanholas). As letras do colectivo baseiam-se em rituais de celebração e hinos órficos e homéricos, onde também se descortinam poemas de Safo para Zeus e Hécate. Segundo algumas opiniões por nós ouvidas um concerto, inesquecível de que nos arrependemos de não pudermos ter assistido.
A encerrar os concertos do Palco Alma deste ENTREMURALHAS 2012, apesar de se tratar de um dos poucos projecto constantes em cartaz que não se estreavam em palcos nacionais, eram, a par dos ROME e dos DERNIÈRE VOLONTÉ, um dos principais motivos que levaram o Café Europa ao castelo de Leiria.
Os OF THE WAND AND THE MOON, o projecto pessoal de Kim Larsen que com o seu último álbum “The Lone Descent” atingiu o grau de criador de obra-prima e que, pela primeira vez apresentava-nos tal obra. Havia entre nós um certo receio de que a elaborada música de “The Lone Descent” pudesse não ter a correspondente transposição para palco, mas logo na primeira impressão ao vermos a “constituição da equipa” na preparação do palco os receios começaram a diminuir, embora um problema técnico com os cabos de ligação da guitarra eléctrica tivesse posto em causa esse ganho de confiança, e que provocaram um ligeiro atraso com consequências nefastas, pois que forçou a um encurtamento do concerto. O neo-dark folk que tinha ganho novas sonoridades em “The Lone Descent”, com as pinceladas psicadélicas e de post rock que os novos colaboradores de Kim Larsen acrescentaram ao som dos OTWATM, também em palco, com seis elementos foi conseguido, superando, em larga escalada tudo o que poderíamos perspectivar para esta apresentação.
Como seria de esperar foram do último álbum que saíram a maior parte dos temas tocados, como “A Pyre of Black Sunflowers”, “Abcense” “Tear It Apart”, "Sunspot” ou “We Are Dust”, mas foram também recordados outros momentos da obra OTWATM, tais como “Hold My Hand”, “My Devotion Will Never Fade” ou “ I Crave For You”. Temas que eram complementados com a passagem de vídeo evocando momentos dolorosos ou menos felizes porque este planeta tem passado nas últimas décadas.
Para o final Larsen guardou a pedra preciosa que é o tema título de “The Lone Descent” com uma prestação arrebatadora de todos, mas com destaque para o guitarrista a demonstrar que as suas raízes estão no post-rock. Simplesmente o concerto do festival, uma vez mais pecando apenas pela curta duração.
Como compensação e já depois de todo o público ter abandonado o recinto do palco alma, colocámos três cadeiras em frente ao palco e conversámos longamente com Kim Larsen, partilhando com os nossos ouvintes o resultado dessa conversa.
ENTREVISTA a Kim Larsen dos OTWATM na Emissão 38 do Programa Café Europa
Poderão efectuar o download da primeira hora aqui http://www.mediafire.com/?tiudxh33s4tuiox
e, da segunda hora aqui
http://www.mediafire.com/?qwe4uaji3c7duzf
Fechado o Palco Alma para esta edição 2012 do ENTREMURALHAS, ainda restavam duas apresentações no Palco Corpo.
Enquanto realizávamos a entrevista a Kim Larsen, subiram ao palco os suíços THE BEAUTY OF GEMINA, uma das mais conhecidas bandas helvéticas cuja popularidade tem crescido vertiginosamente em toda a Europa devido à qualidade dos seus quatro álbuns, o último dos quais com edição de 2012: Iscariot Blues.
Pela curta amostra que nos foi possível assistir, terá sido este seu último trabalho que serviu de base a esta sua estreia em terras lusas e que satisfez a quem assistiu, pelo menos pelas reacções do público a temas novos com “Badlands”, “Voices of Winter” e “Last Night Home”.
Para encerramento a FADE IN preparou um momento de grande energia e festa, ao agendarem para o final os britânicos VNV NATION, provavelmente, a mais famosa e aclamada banda de pop futurístico do mundo. A dupla Ronan Harris e Mark Jackson, acompanhados de mais dois músicos, entrou em palco com a lição bem estudada, abrindo com “Chrome” e seguindo com “Space and Time”, um dos temas mais pop do novo “Automatic”, pondo todos a cantar e a dançar, o voltou a repetir com o tema mais conseguido do trabalho dos VNV NATION, o belíssimo “Illusion”, com Ronan Harris a agarrar por completo o público deste ENTREMURALHAS 2012 e a dar-lhe o final de festa merecido o que aconteceu já com o relógio a bater as três badaladas.
Para finalizar recordar ainda que não foi apenas música o que aconteceu pelo Castelo de Leiria, pois ocorreram ainda desfiles de moda, exposições de pintura e escultura, conferências e projecção de filmes mudos tendo como tela as paredes da Torre de Menagem.
Foi mais uma brilhante organização da FADE IN, a quem damos os parabéns e agradecemos todas a colaboração prestada na realização das entrevistas que hoje partilhamos convosco. Fica desde já manifestado o desejo que o ENTREMURALHAS 2013 seja pelo menos tão bom quanto este.
Bem-haja à FADE IN, aos músicos e a todos vós.
Texto: Ângelo Fernandes e João Carlos Silva
Fotos: Ângelo Fernandes
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