Quando os vi no Teatro Aveirense fiquei logo com a sensação que seria muito melhor ouvir a sua música ao ar livre e não me enganei.
Em Cem Soldos, logo no final do primeiro tema, obtive essa confirmação. Confirmei ainda outra coisa, não há público como o do Bons Sons para dar apoio a projectos recentes da nossa música.
Uma banda que “apenas” conta com um EP e um álbum na sua discografia, já arrasta uma multidão para os ver, o som é apelativo, particularmente para a faixa etária mais nova e como se costuma dizer “Eles partiram tudo”.
A certa altura e seguindo as instruções do autêntico Mestre-de-cerimónias que é Quim Albergaria, todos os que tinham os “púcaros ecológicos”, uma das novidades do merchandising do Bons, usaram-no como instrumento de percussão acompanhando o grupo num tema.
A explosão sonora dos Paus deixou, pela segunda vez neste recinto, uma enorme nuvem de pó. Esta passou a ser a “unidade de medida” da adesão do público às bandas que tocam naquele local.
Com estas reacções, os sorrisos em palco eram bem visíveis, não só por parte da banda, mas também pelos Charles Bronsons – nome carinhoso com que foram batizados os You Can’t Win Charlie Brown, aquando da tour Roque Beat 4 – que estavam sentados no lado esquerdo do palco a assistir a tudo. Houve até uma pequena dedicatória a David Santos (Noiserv) por este ter “finalmente, cortado a sua rasta”, como referiu Albergaria.
Para terminar esta autêntica “celebração tribal”, no último tema, o baixista Makoto, não se conteve e fez uma espécie de crowd surf em pé enquanto o resto da banda “aguentava” o último tema e ainda veio a tempo de o terminar.
Este concerto foi mais um grande momento deste Bons Sons que irá ficar na memória de todos.
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