Depois de uma rápida bifana e uma água, segui para o novo Palco Eira, no extremo da aldeia de Cem Soldos, já depois da Igreja, a fim de ver os Linda Martini, banda constituída por André Henriques (guitarra e voz), Cláudia Guerreiro (baixo e voz), Pedro Geraldes (guitarra e voz) e Hélio Morais (bateria e voz). Como eu, já tinha seguido muito mais gente para lá e imediatamente fiquei com a certeza que nesta noite, havia bastante mais público que há dois anos atrás. Uma espécie de caos controlado estava instalado, e depois de superar algumas dificuldades, lá me coloquei em frente ao palco para tentar captar as melhores imagens.
Os Linda Martini eram seguramente, uma das bandas mais esperadas da noite e parece-me que desde os primeiros momentos eles sentiram que muito daquele público que estava ali, tinha muito interesse em vê-los.
A começar tivemos Nós os Outros do mais recente álbum, Casa Ocupada, e de imediato se ouviu o público a acompanhar em coro as vozes que saiam do palco. Esta ia ser uma constante de todo o concerto, todas as letras sabidas “na ponta da língua” e cantadas em simultâneo com a banda. Logo a seguir veio Cronógrafo de Olhos de Mongol de 2006, seguido de Ameaça Menor do mais recente.
A banda não conseguia esconder a sua alegria, sentiu-se no palco uma grande “boa onda” que contagiou tudo e todos, até deu para a Cláudia Guerreiro partilhar um pouco da sua bebida com um dos fotógrafos que estavam em frente ao palco.
Efémera e Este Mar trouxeram-nos ao primeiro EP homónimo de 2005, ao qual voltariam depois de tocarem Amigos Mortais, para Amor Combate, tema que antes de ser tocado teve uma dedicatória muito especial para Henrique Amaro da Antena 3 por ter posto o tema a passar na rádio e os ter ajudado a ser o que são hoje. A ovação que se seguiu foi merecida.
Também foram pedidos aplausos para a organização do Bons Sons e para as bandas presentes naquele dia, a certa altura todos os elementos da banda declararam o quanto gostavam de estar no Melhor Festival de Música Portuguesa do País, todos nós concordámos e aplaudimos, claro.
Amor é Não Haver Polícia, visitou novamente Olhos de Mongol.
A Partir daqui “só deu” Casa Ocupada, com uma sequência final arrebatadora que teve Juventude Sónica, Mulher-a-dias, o excelente Belarmino e a rematar em grande 100 Metros Sereia que deixou todos a cantar e a pedir mais, mas tal não era possível, pois uma das imagens de marca do Bons Sons, é o cumprir os horários “religiosamente”.
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