Com o selo de qualidade da programação e produção da Sons em Trânsito e do Teatro Aveirense, em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro, a oitava edição do Festival Sons em Trânsito mantém-se fiel à matriz da música tradicional de países como o Brasil, Cuba, Etiópia, Israel, Itália, Mali, Mongólia, Portugal ou Uruguai mas junta-lhe a abordagem contemporânea, reflexo do mundo actual, onde as fronteiras culturais tendem a esbater-se, cada vez mais.
Quatro noites de música, pautadas pela diversidade, tolerância e abertura à diferença, antecedidas por uma noite de tertúlia com o mote “Pode uma canção fazer uma revolução?”, que contará com os testemunhos e reflexões de Luaty Beirão e Pedro Abrunhosa, músicos e activistas, em contextos sócio-políticos distintos, é certo, mas muito próximos na visão inconformada do status quo e na vontade de fazer mais e melhor pelas sociedades em que vivem e criam.
A tradição dos contadores de histórias volta a marcar presença no Festival SET ‘17 com a contribuição de Quico Cadaval na sexta-feira, dia 24, imediatamente a seguir aos concertos, e no dia seguinte, durante a tarde. Também no sábado, dia 25, mas de manhã, Ivo Prata conduzirá uma sessão de contos infantis para toda a família.
Pode já consultar em baixo, e em www.festival.sonsemtransit
20 de Novembro – Tertúlia com Luaty Beirão (Angola) e Pedro Abrunhosa (Portugal)
21h30 | “Pode uma canção fazer uma revolução?” é a questão que dá o mote à reflexão acerca do activismo político e do papel que a música desempenha nesse âmbito. A estreia de um espaço de tertúlia no cartaz do Festival Sons Em Trânsito é de entrada gratuita, mediante a apresentação de um bilhete para um dos dias seguintes e a lotação do Teatro Aveirense.
22 de Novembro - The Touré-Raichel Collective (Mali / Israel) e Egschiglen (Mongólia)
21h30 | Egschiglen, que em português significa “melodia harmoniosa” é um trio que utiliza instrumentos tradicionais como um violino com duas cordas feitas de crina de cavalo ou um alaúde feito com garganta de cisne. São exímios embaixadores do canto tradicional , “throat singing”, da distante Mongólia.
23h00 | The Touré-Raichel Collective, é a ponte construída entre o Mali, do cantor e guitarrista Vieux Farka Touré, e Israel, do cantor e pianista Idan Raichel. No currículo, dois álbuns: “The Tel Aviv Session”, de 2012, e “Paris Session”, de 2014.
23 de Novembro - Roberto Fonseca (Cuba) e Vinicio Capossela (Itália)
21h30 | Roberto Fonseca, brilhante pianista cubano que chamou a atenção do mundo quando participou apenas com 15 anos no Festival Internacional de Jazz de Havana. Fez digressões mundiais com a Orquestra Buena Vista Social Club™ ou, mais tarde, com Omara Portuondo. Chega a Portugal com um disco novo, ABUC.
23h00 | Vinicio Capossela, cantautor, poeta e até ilusionosta este showman é perito em trazer à luz do dia a tradição esquecida do seu país, as suas lendas, contos e mitos ancestrais. Por muitos considerado o Tom Waits de Itália, chega a Aveiro com 25 anos de carreira e um álbum novo, “Canzoni della Cupa”.
24 de Novembro - Jorge Drexler (Uruguai) e Júlio Resende (Portugal)
21h30 | Júlio Resende, um dos mais prestigiados e internacionais pianistas portugueses, interpreta o seu disco - Amália por Júlio Resende –, um disco singular no qual revisita, ao piano, algumas canções do repertório de Amália Rodrigues.
23h00 | Jorge Drexler, cantor e compositor uruguaio, autor do tema “Al Otro Lado Del Río”, a primeira canção em espanhol a vencer o Oscar de melhor canção original no filme “Diários de Che Guevara”, de Walter Salles.
25 de Novembro - Mulatu Astatke (Etiópia) e Liniker & Os Caramelows (Brasil)
21h30 | Liniker & Os Caramelows, embaixadores do funzy – termo criado pela banda para definir a sua música, mistura da R&B e Soul americanas com as raízes da música brasileira e africana. Depois de este ano se terem estreado fora de portas no South by Southwest (SXSW), em Austin, no Texas, Estados Unidos, chegam agora à Europa.
23h00 | Mulatu Astatke, conhecido como o pai do Ethio-Jazz compõe e toca vários instrumentos, do piano à percussão, e mistura no seu estilo único pop e jazz moderno com música tradicional da Etiópia.
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