terça-feira, 13 de maio de 2014

Linda Martini + Clã na Queima do Porto - Report

A Maria João de Sousa encheu-se de coragem e foi à Queima das Fitas do Porto, só para poder ver Linda Martini e Clã, eu gabo-lhe a coragem e publico aqui o seu brlíssimo texto e fotos.


Foi há quase 20 anos que começaram as minhas idas à Queima, (estou crescida, eu sei, eu ainda sou do tempo das Queimas nos jardins do Palácio de Cristal e do actual queimódromo em terra batida) e, já na altura apesar de haver também a parte do belo e agradável convívio com colegas e amigos, por entre barracas e barraquinhas, as minhas idas eram essencialmente motivadas pelos concertos e agora escolho muito bem os dias, pois o público nem sempre é do melhor!
Este ano apenas um dia me fazia deslocar até ao Queimódromo e era precisamente o último, o dia 10 de Maio’14 tinha Linda Martini e Clã a partilhar o palco. O tempo estava agradável, fresquinho pela brisa do mar e sem chuva o que é excelente.
Em tantos anos, nunca tinha chegado tão cedo às imediações do recinto a ponto de ter tempo de confraternizar com os senhores agentes da autoridade e não me venham dizer que a Policia não é simpática, pois passamos ali uns bons minutos de divertida conversa e de grandes rizadas antes da abertura de portas. Só mesmo bandas de que gosto muito me fazem deslocar a um sítio onde tenho que percorrer um batalhão de barracas até conseguir uma que venda água e onde, ainda por cima, me olham de maneira estranha quando peço tal, isto para além de todo aquele mau cheiro característico e que eu já achava repugnante nos tempos de estudante; mas pronto a vida é feita de sacrifícios.
Passavam poucos minutos das 23h, quando os Linda Martini subiram ao palco, revi-os recentemente no Maus Hábitos num conceito completamente diferente algo muito mais intimista e com um público espectacular, agora era esperar que ali e uma vez mais a céu aberto, o seu regresso correspondesse à qualidade habitual, pois no Porto têm uma legião de fãs muito boa e era só serem esses a estarem no público e tudo daria certo e assim foi.
 O recinto vazio que encontrei quando entrei, já estava muito bem composto e durante o concerto era bem visível nas imagens projectadas o belo mar de gente ali presente.

Hélio Morais interrompeu a sua tour com Paus para de forma enérgica e eximia nos fascinar na bateria, André Henriques cantou e encantou, Cláudia Guerreiro e Pedro Geraldes invadiram” todo” o recinto com as suas descargas de baixo e guitarra respectivamente! “Belarmino”, “Volta”, “Panteão”, “Cem metros Sereia”,”Dá-me a tua melhor faca”, “A corda do elefante sem corda”, “Amor Combate”… (não necessariamente por esta ordem) foram alguns dos temas do alinhamento da noite; cerca de 1h de concerto que passou a correr, não estivesse o concerto a saber tão bem!
Mudanças em palco e mais público se aproximou, vinham os Clã, outra banda de culto nesta cidade! Entraram com temas do novo e recente álbum “Corrente” , mas foram alternando com outros mais antigos, onde não ficaram de fora temas como: “Tira a Teima”, “GTI”, “Fahrenheit” e o incansável “Problema de Expressão” que ecoa nas vozes de grande parte dos presentes e que por muitos anos que passem, parece cada vez mais actual.

Os novos temas são também carregados de energia e com letras super poderosas de referir por exemplo: “Outra vez”, A paz não te cai bem”, “Zeitgeist”, “ A conta de Subtrair”.
Os Clã são uma banda super energética e carismática, a sua presença em palco e a forma de cativar o público é deliciosa para mim e não há concerto deles do qual eu não sai a admirar cada vez mais a Manuela Azevedo; eu fico super rouca (quando não perco a voz) por “cantar” algumas coisas durante o concerto e ela que não pára de saltar consegue cantar e encantar daquela maneira, é incrível.
Tivemos direito a encore e julgo que o público não se sentiu defraudado após este belo serão, venham mais noites assim!

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