EDP Vilar de Mouros 2018 de 23 a 25 de Agosto
Reportagem de Miguel Estima
Desde que o Festival de Vilar de Mouros entrou numa nova vida, o Miguel Estima ainda não falhou uma edição, eis aqui a reportagem da edição de 2018.
Vilar de Mouros é um nome incontornável na música ao vivo em
Portugal. E esta edição foi um bom exemplo daquilo que foi uma das melhores
edições desde o recomeço em 2016. Claro que nem tudo são aspectos positivos,
mas o festival está a crescer, e também a ganhar pontos em pequenos detalhes
que fazem a diferença em relação a outros festivais congéneres.
Este ano uma das maiores surpresas com que me deparei foi o
inicio do campismo e dos festivaleiros que começaram a vir mais cedo para o
festival, existindo tendas já na terça-feira antes, e na quarta a zona de
campismo já estava bastante composta.
Vilar de Mouros é um festival revivalista, com um toque de
ousadia e de modernidade. E isto é muito claro para captação de diferentes
públicos, de diferentes faixas etárias. É considerado um festival de família.
Onde se vê várias gerações juntas a apreciar um concerto.
Em relação à música propriamente dita. E como isto é um blog de opinião, cá vão as
minhas opiniões, ainda em jeito de rescaldo. Primeiro dia: The Pretenders deram
um concerto fantástico, já os tinha visto também em Vilar de Mouros 19 anos
antes, e a energia continua lá.
O artista residente (Peter Murphy) veio com a
desculpa de Bauhaus e os seus 40 anos, nunca achei grande piada, mas dizem
alguns dos amigos entendidos que foi grande concerto. Eu já vi melhor dele,
aliás porque vem quase todos os anos ao Vilar de Mouros.
The Pretenders |
David J |
Peter Murphy |
A Foto-Reportagem do primeiro dia está na página de facebook deste blog.
O segundo dia ficou marcado pelos Incubus, que a grande
maioria do público estava à espera, foi um concerto marcado essencialmente por
versões, desde Pink Floyd, a INXS, que me fizeram crer que os rapazes não
tinham grande reportório ou estavam a cativar todo o publico.
O mesmo aconteceu
com o rapaz de Leiria que fez muitos covers. Mas falando de coisas sérias GNR
deram um grande concerto, mesmo sem as “Dunas” , Editors foi um concerto
sublime, dos melhores concertos que vi deles e Kitty, Daisy & Lewis foi uma
agradável surpresa.
Scarecrow Paulo |
GNR |
Editors |
A Foto-Reportagem deste dia, está na página de facebook deste blog.
No terceiro dia, os festivaleiros, enganei-me, os fãs dos James,
eram mais que muitos, poderia arriscar uns 70% estavam no recinto para os ver,
a zona de restauração, entrada, e bares estavam vazios a quando do concerto
deles. Tudo em massa a ver os Ingleses que gostam tanto de Portugal e esse amor
é recíproco. Para mim foi o segundo concerto sem a “Born of Frustation”, mas
que foi um concerto interessante e mobilizador de massas foi. Simpático.
Antes,
os belgas dEUS deram um concerto para além de bom, com uma boa dose de temas da
vasta carreira. Já a anunciar a tour dos 25 anos do “Ideal Crash” um dos álbuns
mais emblemáticos da banda, o concerto foi um revivalismo com uma boa dose dos
nostálgicos anos 90.
Só para terminar o meu apontamento, Crystal Fighters deram
o toque final de festa ao festival, colocando o pouco público, que ainda
resistiu ao frio e humidade do Coura, todo a dançar para afastar essas maleitas
todas.
Luís Severo |
John Cale |
dEUS |
James |
A Foto-Reportagem do terceiro dia, está na página de facebook deste blog.
Esperemos pois que 2019 seja um ano ainda melhor e mais
completo. Existe um palco histórico com espaço para colocar umas bandas a tocar
e uma praia fluvial com bandeira azul, com espaço para acolher uns concertos
mais intimistas de jazz ou cantautores.
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