terça-feira, 13 de agosto de 2013

Muse no Estádio do Dragão - Report

Foto de Hugo Sousa
Confesso que não estava nas minhas expectativas uma ida ao Estádio Dragão, muito menos para ir ver, no dia 10 de Junho, os Muse, banda que me agradava ligeiramente, mas não o suficiente para pagar os preços proibitivos dos bilhetes.
O que é certo é, que graças a um grande amigo, acabei por ir lá parar, foi uma prenda daquelas que ficam na memória para toda a vida.

O ambiente estava fora de série e o estádio foi-se enchendo de fãs da banda. O meu primeiro impacto agradável veio na forma da projecção nos enormes écrans do vídeo de “Animals”, feito por Inês Freitas e Miguel Mendes, dois alunos do Curso de Design de Animação e Multimédia de Portalegre, que ganharam um concurso internacional ilustrando o verdadeiro significado da letra da canção. Eu já tinha visto o vídeo em pequeno formato e nunca tinha prestado a devida atenção ao tema, mas ao ver as imagens em grande, algo começou a bater-me mais forte em relação aos Muse.
Após a projecção do vídeo, vieram uns tais de We Are The Ocean que berraram muito e não aqueceram, nem arrefeceram. Já não tenho pachorra para aquilo, mais-valia terem contratado uma banda portuguesa para a primeira parte, mas enfim, é assim o business…
Depois deste concerto inconsequente, foi a vez de o público brilhar em antecipação, fazendo várias vezes a “Onda” que passeou por todo o Estádio, estava instalado o ambiente ideal para o que a vinha. E o que veio foi provavelmente o melhor espectáculo musical do ano.
Eu já não ouvia os Muse há algum tempo e confesso que, no gozo, já tinha comentado com amigos que estávamos perante uns novos Queen, com tudo o que a comparação tem de mau. Mas, a partir do terceiro tema, fiquei completamente conquistado e o meu respeito pela banda voltou em grande força.
A encenação estava excelente e o “barulho das luzes” também, mas o que me “bateu” mais foram as suas letras e a sua música. Cheguei até a questionar se todos aqueles espectadores percebem as letras, pois a mensagem deles não costuma agradar muito às massas. Pelo menos, quando passada por um qualquer político daqueles que são raramente eleitos ou ouvidos nos meios de comunicação. A certa altura estava o Estádio inteiro de punho erguido e a cantar algo sobre o ir lutar pelos nossos direitos…
Tal como já disse a outras pessoas, este concerto, para mim foi melhor que o que vi de U2 no Estádio de Coimbra (isto para comparar cenas para as “massas” em Estádio), cheguei a classificá-lo com uma espécie de The Wall do Séc. XXI, mas a ilustrar musicalmente e com grandes imagens e actores em palco, estes “Tempos Modernos” que vivemos.
Foi uma verdadeira noite de Rock de Intervenção "Chique" (dado o que cada um pagou para lá estar).
É bom ter amigos que nos permitem ver estas coisas. Valeu Bem a Pena!

Aqui fica o alinhamento completo, conforme o site Set List.fm
The 2nd Law: Unsustainable (First verse dialogue only) 
Supremacy (Extended intro) 
Supermassive Black Hole (Rage Against the Machine's … more) 
Panic Station 
Bliss 
Resistance 
Animals 
Knights of Cydonia (Ennio Morricone's Man with a Harmonica intro) 
Dracula Mountain (Lightning Bolt cover) 
Sunburn 
Interlude 
Hysteria 
Monty Jam (Drum and Bass Jam) 
Feeling Good (Leslie Bricusse & Anthony Newley cover) 
Follow Me 
Liquid State 
Madness 
Time Is Running Out (House of the Rising Sun intro) 
New Born (Ashamed outro) 
B-Stage
Unintended 
Guiding Light 
Undisclosed Desires 
Encore:
The 2nd Law: Unsustainable 
Plug In Baby (Guns N' Roses' Sweet Child o' Mine outro) 
Survival 
Encore 2:
The 2nd Law: Isolated System 
Uprising (Extended outro) 
Starlight

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