Foto de Hugo Sousa |
O que é certo é, que graças a um grande amigo, acabei por ir lá parar, foi uma prenda daquelas que ficam na memória para toda a vida.
O ambiente estava fora de série e o estádio foi-se enchendo de fãs da banda. O meu primeiro impacto agradável veio na forma da projecção nos enormes écrans do vídeo de “Animals”, feito por Inês Freitas e Miguel Mendes, dois alunos do Curso de Design de Animação e Multimédia de Portalegre, que ganharam um concurso internacional ilustrando o verdadeiro significado da letra da canção. Eu já tinha visto o vídeo em pequeno formato e nunca tinha prestado a devida atenção ao tema, mas ao ver as imagens em grande, algo começou a bater-me mais forte em relação aos Muse.
Após a projecção do vídeo, vieram uns tais de We Are The Ocean que berraram muito e não aqueceram, nem arrefeceram. Já não tenho pachorra para aquilo, mais-valia terem contratado uma banda portuguesa para a primeira parte, mas enfim, é assim o business…
Depois deste concerto inconsequente, foi a vez de o público brilhar em antecipação, fazendo várias vezes a “Onda” que passeou por todo o Estádio, estava instalado o ambiente ideal para o que a vinha. E o que veio foi provavelmente o melhor espectáculo musical do ano.
Eu já não ouvia os Muse há algum tempo e confesso que, no gozo, já tinha comentado com amigos que estávamos perante uns novos Queen, com tudo o que a comparação tem de mau. Mas, a partir do terceiro tema, fiquei completamente conquistado e o meu respeito pela banda voltou em grande força.
A encenação estava excelente e o “barulho das luzes” também, mas o que me “bateu” mais foram as suas letras e a sua música. Cheguei até a questionar se todos aqueles espectadores percebem as letras, pois a mensagem deles não costuma agradar muito às massas. Pelo menos, quando passada por um qualquer político daqueles que são raramente eleitos ou ouvidos nos meios de comunicação. A certa altura estava o Estádio inteiro de punho erguido e a cantar algo sobre o ir lutar pelos nossos direitos…
Tal como já disse a outras pessoas, este concerto, para mim foi melhor que o que vi de U2 no Estádio de Coimbra (isto para comparar cenas para as “massas” em Estádio), cheguei a classificá-lo com uma espécie de The Wall do Séc. XXI, mas a ilustrar musicalmente e com grandes imagens e actores em palco, estes “Tempos Modernos” que vivemos.
Foi uma verdadeira noite de Rock de Intervenção "Chique" (dado o que cada um pagou para lá estar).
É bom ter amigos que nos permitem ver estas coisas. Valeu Bem a Pena!
Aqui fica o alinhamento completo, conforme o site Set List.fm
The 2nd Law: Unsustainable (First verse dialogue only)
Supremacy (Extended intro)
Supermassive Black Hole (Rage Against the Machine's … more)
Panic Station
Bliss
Resistance
Animals
Knights of Cydonia (Ennio Morricone's Man with a Harmonica intro)
Dracula Mountain (Lightning Bolt cover)
Sunburn
Interlude
Hysteria
Monty Jam (Drum and Bass Jam)
Feeling Good (Leslie Bricusse & Anthony Newley cover)
Follow Me
Liquid State
Madness
Time Is Running Out (House of the Rising Sun intro)
New Born (Ashamed outro)
B-Stage
Unintended
Guiding Light
Undisclosed Desires
Encore:
The 2nd Law: Unsustainable
Plug In Baby (Guns N' Roses' Sweet Child o' Mine outro)
Survival
Encore 2:
The 2nd Law: Isolated System
Uprising (Extended outro)
Starlight
Sem comentários:
Enviar um comentário