Disco ouvido e apreciado por Miguel Estima
Scott DuBois irá lançar em finais deste mês de Outubro, mais
concretamente no dia 27 pela label ACT, o seu mais recente disco de originais –
Autumn Wind.
Um disco verdadeiramente fascinante, onde não conseguimos
equilibrar muito bem onde começa jazz e termina a música clássica. Vive um
pouco do improviso, de uma chama intensa de um guitarrista excepcional, cheio
de possibilidades criativas. É neste Outono quente aqui no sul da Europa que
vemos este disco nascer elevando o termo de “estações” a outro patamar, como de
um puzzle se tratasse. Em cada passo do caminho, o quarteto de DuBois leva-nos
a uma jornada musical impressionantemente impressionista, de uma mistura
orgânica, porém altamente coesa, de elementos como jazz moderno, e de música
clássica contemporânea.
DuBois leva o conceito de "estações" a um novo
nível com uma série de peças em comemoração à natureza incansável e
imprevisível do Outono. Num período em que as fronteiras entre os géneros
musicais estão se dissolvendo rapidamente, ainda existem grandes diferenças
entre o que ainda chamamos de uma banda de "jazz" e as de outras
classificações musicais. Talvez a mais significativa seja a longevidade de um
conjunto de jazz.
Quando escutamos o quarteto internacional deste disco, temos
logo noção da qualidade aqui reunida. Estão juntos há mais de uma década. Assim
neste disco temos o guitarrista e compositor nova-iorquino Scott DuBois, o
baixista também de Nova Iorque Thomas Morgan, o virtuoso alemão no saxofone
tenor e clarinete Gebhard Ullmann e o excelente baterista dinamarquês Kresten
Osgood.
Um disco tão maravilhoso, relaxante e atmosférico, que nos
pode acompanhar a qualquer momento deste maravilhoso Outono.
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