sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Márcia no Teatro Aveirense


 Márcia apresenta Vai e Vem

Teatro Aveirense - 31 de Outubro de 2020

Já não via a Márcia há uns anos (a última vez creio que foi na Rádio Faneca de 2016, estava ela gravidíssima), e foi uma maravilha poder revê-la. É uma alegria ver projectos musicais a evoluir e a crescer e a Márcia é um desses casos.


Sozinha à guitarra, como quando começou, foi com A Pele Que Há Em Mim - o seu primeiro grande sucesso (principalmente na versão com o JP Simões) - que ela iniciou a maravilhosa noite.

Desde o primeiro momento ela agarrou o público e fez dele o que queria. Cada vez mais segura em palco e com um enorme à vontade, foi fazendo desfilar as suas canções.

Desde a segunda canção, acompanhada da sua competentíssima banda - Zé Kiko na Bateria, David Santos no baixo, Miguel Dordio na guitarra e teclados e Filipe Monteiro (também Marido e realizador de alguns dos melhores vídeos que têm aparecido na nossa cena musical) nas guitarras e teclados, bem como da sua restante equipa que como disse nas suas palavras "sem eles não somos nada", composta por Pedro Borges (Roadie), Ângelo Lourenço (Som), Pedro Loureiro (Luzes) e Pedro Coimbra (na Estrada) - deram-nos um grande concerto.





Com uma carreira que já conta com quatro álbuns e um E.P., já chegámos àquela parte em que não dá para tocar todas as boas canções, senti falta do "P'ra Quem Quer" (mas isso sou eu que sou "old school") mas assim, acabamos por ter mais razões para ir ver vários concertos.

Já vi muitos concertos, mas continuo a ver pois nunca sabemos quando somos surpreendidos, desta vez o factor "arrepio de emoção", veio quando ela cantou, em versão A Capela, os temas "Até ao Verão", letra que fez para Ana Moura) e "A Presença das Formigas" do nosso Zeca Afonso, ambas magistrais.

Também não faltou "Lado Oposto" que é, de todas as suas canções, a que mais gosto, tocada a fechar o concerto (ainda houve encore), com uma "tempestade Sónica", como deus manda.

Ainda apresentou, com merecido orgulho, o seu mais recente "filho", o livro "As estradas são para ir", onde junta a sua poesia a algumas ilustrações feitas por ela, tudo criado em tempos de dificuldade e isolamento.

Várias foram as ovações, bem merecidas, de um público perfeitamente rendido que encheu o Teatro Aveirense (cumprindo, à risca, as regras da DGS, a que estamos sujeitos), só para a ver.

Tenho a certeza que ela também gostou, basta ver o seu sorriso no final.


Encontram mais fotos desta belíssima noite, na página de facebook deste blog.

 Eis o alinhamento do concerto:

- A Pele Que Há Em Mim (a solo)

- Cabra-Cega

- Manilha

- Tempestade

- Corredor

- Tempo de Aventura

- Ao Chegar

- Até ao Verão (a solo)

- A Presença das Formigas (a solo)

- Mil Anos

- Menina

- Bom Destino

- Do Que Eu Sou Capaz

- A Insatisfação

- Lado Oposto

Encore

- Amor Conforma (a solo)

- Desmazelo


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