segunda-feira, 26 de julho de 2010

Festival Marés Vivas - Dia III

A noite de sábado era, sem dúvida, a mais esperada de todo o Marés Vivas que bateu todos os recordes de assistência nesta noite, um cartaz com dEUS, Editors e Ben Harper e os seus Relentless 7, já assim o faziam prever.
A abertura deste palco foi sempre acompanhada por um magnífico Pôr-do-sol, cuja beleza foi sempre referida por todos os artistas que vieram ao local. Nikolaj Grandjean, não foi excepção, do seu concerto ficou na memória as suas palavras simpáticas e pouco mais.A noite a sério começou com os dEUS, banda que já nos visitou várias vezes, mas que é sempre bem vinda. A banda belga também não deixa os seus créditos por mãos alheias e dá início ao concerto com as palavras – boa noite Porto, somos dEUS da Bélgica – assim, em português correcto, durante todo o concerto mostraram sempre esse cuidado, ao ponto de o vocalista e guitarrista Tom Barman, ter chegado a começar uma frase, sobre o futuro álbum, em inglês, parando imediatamente para dizer, num português bastante perceptível: trabalhamos para o novo disco, para sair em Fevereiro, talvez. São pormenores destes que ajudam a que a banda seja tão querida em Portugal, isso e o facto de eles não saberem dar maus concertos.
Abriram com “Bad Timing” e fecharam com o magnífico “Suds and Soda”, pelo meio ouviu-se “Smokers Reflect”, “Instant Street”, “The Architect”, entre outros.Agora resta esperar que voltem a Portugal no próximo ano, para apresentarem o tal disco que há-de sair em Fevereiro.
Depois vieram os Editors que eram responsáveis por grande parte das 25.000 pessoas presentes.Abriram com “In this light and on this evening”, logo seguido de “An end has a start”, tudo apontava para que este fosse o melhor concerto da noite, todo o público vibrava com o desfile de canções, não faltou o “Munich” e o “Racing Rats”. Quando ia começar o grande tema “Smokers outside the Hospital doors”, o vocalista acabou por abandonar o palco, após uma sequência de choques eléctricos e seguido de duas novas tentativas de cantar sem por em risco a sua vida.Cerca de 15 minutos depois a banda regressou ao palco e ainda tocou “Bricks and Mortar” e rematou um concerto que poderia ter sido excelente com o primeiro single do último álbum “Papillon”.
Foi pena toda a situação que deixou todos com água na boca, mas não se pode condenar uma pessoa por ter tido receio de se magoar seriamente em palco, não é a primeira vez que problemas eléctricos originais situações bem graves.
Pode ser que os Editors voltem em breve para apagar este mau momento da memória dos fãs que foram ao marés vivas para os ver.O encerramento do Festival ficou entregue a Bem Harper and The Relentless 7 que começou logo por pedir desculpa por não falar em português, mas a dizer que adorava estará tocar naquele sítio lindíssimo e, sem mais demoras arrancou com “Diamonds on the inside” logo seguido do single do último álbum “Shimer and Shine” depois foi um desfilar de virtuosismo na guitarra que muito agradou aos presentes, claro que “Ámen Omen” não faltou, nem o “Burn one down”.Os solos de guitarra não precisavam de ser tão longos, mas provavelmente gostou à mesma.
O concerto da noite acabou por ser o de Bem Harper, mas apenas por causa dos acidentes que envolveram a actuação de Editors.
Agora que venha o próximo e que seja tão bom ou melhor que este.

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