Subway Riders no 8º Aniversário do Mercado Negro - Report

No passado dia 14 de Junho, comemorou-se o 8º aniversário do Mercado Negro, a festa foi de arromba e cheia de diversidade musical. Tivemos cerca de 30 DJ’s, as danças Trad Folk e vários concertos. Podem ver algumas das imagens que recolhi, aqui.
De todos os concertos o único a que pude assistir foi ao dos Subway Riders e é sobre esse que vou falar.

Os Subway Riders juntaram-se à festa e, por volta da meia-noite, deram um concerto daqueles que vão para o “panteão” dos concertos inesquecíveis.

Eu já tinha espreitado algumas das suas performances no youtube e já tinha ouvido alguns relatos que, confesso, me fizeram ter algum receio de entrar no auditório para os ver. Mas decidi “arriscar tudo” e ir lá para dentro, em boa hora o fiz, pois aquilo que assisti ficou bem acima de qualquer expectativa.
Os Subway Riders auto-intitulam-se como “The Next Big Thing Since 1989!” e é bem capaz de ser verdade.

Neste grupo que é como uma família de irmãos - até a ver pelos nomes: CARLOS SUBWAY - voice, guitar, pedal, analogue samplers; VICTOR SUBWAY - guitar, voice, arrangements; CALHAU SUBWAY - sax, trumpet, voice, " Premier danseur noble"; CHAU SUBWAY – drums; AUGUSTO SUBWAY - analogue synthesiser – há o cuidado de nunca ensaiar de forma a não tornar as actuações em algo mecanizado e rotineiro.

No seu concerto a loucura é quase controlada e a boa disposição surpreende e é contagiante. O público aveirense entrou bastante bem no espírito deste colectivo e poucos foram os que saíram do auditório antes de tudo acabar.
O que tivemos foi um show multidisciplinar que somou o improviso musical, que passa por paisagens como o Rock, o Jazz, o Flamengo, o Funk, o Afro-Beat, o Reggae e até a Electrónica, à dança e à expressão mais teatral, há inclusive uma passagem de modelos que homenageia Augusto Subway, considerado o elemento mais bonito do grupo.

Não me lembro de me ter divertido tanto a ver um concerto, não sei se pela surpresa ou pelo completo despojamento de pretensiosismo, o certo é que fiquei com a certeza que assisti a algo único que consegue subverter tudo aquilo que estamos habituados a ver em palco.

E penso que é isso mesmo que os Subway Riders pretendem.
Longa vida para eles e que continuem sempre a dar-nos o prazer de assistir a esta desconstrução sonora!