terça-feira, 29 de julho de 2014

Folk Celta 2014 - Report


No fim-de-semana de 25 e 26 de Julho, Ponte da Barca acolheu a sétima edição do festival FolkCelta. Um festival que tem vindo a ser cada vez mais consolidado na prática de festivais de musica de origem celta. Dado a sua proximidade de tanto da Galiza, e do norte de Portugal, a afluência de públicos de ambas as regiões tem vindo a ser alargada, chegámos a encontrar amigos de Aveiro e até gente que veio de Lisboa até cá acima para desfrutar de um fim-de-semana no Norte do país.

Na abertura do festival estava a banda de Ponte de Lima – Musica Profana - banda que venceu a categoria de melhor banda do palco secundário da edição anterior.
Com muitos adeptos e seguidores que se deslocaram da vila vizinha para acompanhar mais uma actuação do grupo local.
De Águeda e para abrir o palco secundário desta edição vieram as Espiral, um projecto com sonoridade mais calma, mais que deram o ar da sua graça.
Cabeças de cartaz no primeiro dia estavam os já consagrados Milladoiro, banda Galega que já conta com trinta e seis anos de estrada, e que deu um belíssimo concerto, onde a festa se instalou pelo recinto.
Era de esperar que a essa hora o recinto estivesse bem composto, o que de facto veio a acontecer.
Finda a actuação do palco principal foi tempo de assistir a mais uma actuação no palco secundário com os Myrica Faia, o grupo Terceirense (Açores), que recria temas tradicionais das várias ilhas açorianas e lhes dá novas roupagens, em jeito mais folk. Uma boa iniciativa para promover o que de melhor existe naquele recanto de Portugal, que é muitas vezes esquecido pelo continentais.
 A fechar a noite quente que se fez sentir nas margens do Lima, no palco principal estava o Sebastião Antunes com a Quadrilha que rematou com grande festa, esta primeira noite.
O segundo dia do festival abriu com Isga Collective e acompanhada na voz de Lorena Freixeiro. O grupo vindo da Galiza veio criar a atmosfera típica deste festival, a festa!
Sendo um dos grupos galegos mais originais e arrojados do panorama actual, vieram a Ponte da Barca mostrar um pouco das suas raízes, deixando espaço para as influências de uma contemporaneidade que vai sendo necessária.
Como a festa não pára, mal termina o concerto no palco principal, o palco secundário abre com o duo Portuense aCordaPele que com um ritmo mais calmo, fizeram um brilharete na sua actuação, criando uma dinâmica simpática para o grande nome que estavam todos à espera – Kepa Junkera.
 Com músicos Galegos a acompanhar, Kepa Junkera deu o verdadeiro festão em Ponte da Barca.
Mestre trikitixa, que é um acordeão diatónico, um instrumento muito semelhante à concertina. Explorando o seu mais recente álbum Galiza, editado no ano passado. O maior embaixador da música basca veio mostrar a fusão entre a música e cultura de duas regiões espanholas.
Distantes mas próximas musicalmente, como ele próprio evidencia são “povos irmãos, todos partilhamos os Atlântico”.
 Findo o grande nome da noite ainda tempo para um projecto no palco secundário com os Swing Station, um projecto arrojado, já que pouco tinham de folk!
Eram ritmos no espectro do jazz, convidativos da dança. A fazer recordar musicas e danças vintage Norte Americanas, mas foi uma agradável surpresa.
 A fechar esta sétima edição, o palco principal recebeu os Uxu Kalhus.
Pioneiros na fusão de ritmos tradicionais portugueses com géneros mais modernos, os Uxu Kalhus garantiram o fecho em festa e baile desta edição do festival Folkcelta.

Texto e Fotos de Miguel Estima

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