O festival de Jazz de Vigo está de parabéns. Já conta com dez edições e este ano Vigo enche-se mais uma vez de Jazz.
A festa que é dividida em vários espaços entre o Museu de Arte Contemporânea ou auditório do Concello e espaços exteriores como a Praça da Constitución.
Na quarta-feira passada foi a vez de ser o último concerto no Museu de Arte Contemporânea (MARCO), com o trio experimental Bruitage.
Vindos de Barcelona este trio com grande sucesso nos festivais de jazz, elevaram a fasquia do Jazz experimental na belíssima noite que se fazia sentir. Não sendo lineares, o que não se poderia esperar, o inicio era referenciado por instrumentos convencionais como bateria, guitarra e saxofone, mas os sons que coabitavam eram referências meramente simpáticas do que poderia advir de tal "indumentária”.
Todos os sons são importantes, foi a referência que se ouviu logo no inicio. Claro que é preciso uma boa dose de experiência sonora e saber dar valor aquilo que poderia ter sido linear e transpor para um perfusão de sons que o mais inculto poderá considerar ruído estranho.
Saídos da Calle del Principe o concerto seguinte foi na belíssima Galeria Javier Teniente, uma galeria dedicada à arte fotográfica bem no centro de Vigo. Com uma lotação muito limitada, o que nos fez esperar alguns minutos à porta para aguardar lugar para ver o ultimo concerto do “Jazz fora de lugar” com A Lapa Trio.
Uma prestação fantástica de quase duas horas, onde o pezinho de dança apeteceu neste magnifico espaço. O festival que só termina no próximo sábado ainda tem previstos em cartaz:
Hugo Carvalhais Nebulosa no auditório do concello e Sumrrá +convidados hoje.
Amanhã sexta-feira, o brilhante pianista germânico Michael Wolly no auditório do concello e Alfredo Rodriguez na Praça da Constitución e no Sábado para terminar Lucía Martínoez Berliner e Riverside Quartet, no auditório do concello e Praça da Constitución respectivamente.
Texto e Fotos de Miguel Estima
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