Foto de João Monteiro |
Graças à internet e em particular à rede social que completa agora dez anos e que muitos já vaticinam o seu enterro, descobri várias bandas.
A banda que vos apresento hoje – Macaco Egoísta - já é caso único, pois é “filha” de outro projecto – Cenáculo - que conheci também na rede e que na altura divulguei nesta rubrica de Quase Famosos.
Chamo de Quase Famosos a todos os projectos/bandas que vou conhecendo, a quem eu reconheço qualidade e valor e que ainda não passaram a “barreira” para chegar ao público em geral, o Macaco Egoísta é o caso mais recente, em que eu já me encantei a partir do pouco que ouvi e vejo que tem muito futuro.
O Macaco Egoísta é composto por:
Carlos Raposo: Guitarra/ Voz
Rémi Kesteman: Violoncelo
Nuno Coelho: Piano/teclado
Estive à “conversa” com o Carlos, e ele conta-nos a história do seu novo projecto na primeira pessoa:
O Macaco Egoísta nasceu há cerca de um ano e meio, com o fim do meu anterior projecto, a necessidade de compor e mais importante ainda, a exteriorizar uma série de sentimentos, espaços, fantasmas e ideias guardadas há uns anos, fez-me compor três músicas, "Respirar" "Tu és Tua" e "Cantor".
Nessa fase conheci um colega de trabalho (professor de música) João Paulo Vitoria, e em jeito de Jam, convidei-o a introduzir o violoncelo nestes três temas, na mesma altura um amigo mútuo trabalhava num projecto científico de estudo das ondas sonoras em contexto estúdio na universidade católica e precisava de músicos para gravar. Em jeito de brincadeira e sem pretensões, gravámos estes três temas. Depois de ouvir e de mostrar percebemos que havia uma junção tímbrica interessante, e decidimos avançar.
Por motivos pessoais João Paulo abandonou o projecto e indicou-me o nome de Remi Kesteman. Eu e Rémi ensaiamos os temas durante um mês e chegamos à conclusão que para completar esta curiosa junção seria interessante um piano, através do Facebook, cheguei ao nome de Nuno Coelho, enviei-lhe os temas e ele prontificou-se a "ajudar-nos".
Com a formação actual construímos o reportório e chegamos ao dia de hoje...
Indaguei também o Carlos, sobre o que o/os inspirava, ao que ele me disse o seguinte:
Em relação aos nossos temas, incidem sobre a beleza que advém da simplicidade das coisas, falamos de equilíbrio, de extremos, de liberdade, de revolução, da busca da felicidade pelo ser humano a incoerência do mesmo, o debate entre racionalidade e instinto, (daí se inspira o nome da banda em parte) e temos uma costela herdada por mim do Cenáculo e uma preocupação de ter uma mensagem crítica ao país que temos.
Mas posso dizer-te que em termos de imagem auditiva, adoramos a sensação de "infinito" tentamos passar imagens auditivas puras, simples em que a Mãe Natureza está sempre presente...
Aquilo que já ouvi deixou-me a “salivar” por mais, em breve eles vão ter um disco, para já deixo aqui o primeiro single de apresentação, Respirar, espero que gostem tanto como eu:
Sem comentários:
Enviar um comentário