No cumprimento daqueles objectivos, esse grupo de entusiastas organizou em 1992 a primeira edição de um Festival a que deu o nome de Noites Ritual e que até aos dias de hoje, com maiores ou menores dificuldades, tem conseguido manter a tradição de fechar a “época” dos Festivais de Verão, com alguns dos melhores valores ou revelações, no que à música portuguesa diz respeito.Cumprindo essa mesma tradição, teve lugar no último fim-de-semana de Agosto a décima nona edição das Noites Ritual, este ano com a novidade de ter uma noite exclusivamente cantada em português e outra toda cantada em inglês.
A primeira noite que, segundo dados oficiais, contou com 12.000 espectadores e abriu no Palco Ritual – palco reservado a “novos valores” – com a actuação dos Salto, grupo do Porto composto por dois jovens que decidiram dar azo à sua criatividade e, com apenas um baixo, uma guitarra e um computador portátil, fazer uma música desempoeirada, refrescante e bastante “trauteável” que nos faz lembrar várias coisas que conhecemos e que ouvimos desde os finais de oitenta até hoje.
Na sua música não falta uma guitarra dedilhada “à la Smiths” ou um abaixo forte e ritmado que com a batida que sai do computador apela à dança e que sabe muito bem ouvir, donde se destaca o seu single de apresentação “Por ti demais”, ou o tema “Sem 100”. Os Salto são um grupo a seguir com atenção no futuro, pois parece que podem ir longe. No Palco 1 as honras de abertura foram para Os Tornados, grupo do Porto que nos trouxe o seu Rock’n’Roll herdeiro de grupos de outros tempos como o Conjunto Mistério ou Os Tártaros, mas que consegue cativar e pôr a mexer toda a gente que já enchia o recinto mesmo ao lado do Pavilhão Rosa Mota.
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