segunda-feira, 29 de março de 2010

Rock VFR 2010 - The Legendary Tigerman


Se já estava muita gente no António Lamoso, durante o concerto d'Os Tornados, então quanto mais se aproximava a hora do Homem Tigre mais gente chegava.
Principalmente mulheres, muitas mulheres, não sei se são efeitos do Femina, mas o que é certo é que cada vez se vêm mais mulheres que aparecem nos seus concertos.
E desta vez as mulheres também cantaram em palco, não em carne e osso, mas nas telas que acompanham com imagens toda a actuação deste homem que sózinho, consegue por todo o público a vibrar ao som da sua música.

Às vezes dá-me para pensar no percurso que um artista leva até atingir o estatuto de "valor seguro" como o que agora tem o The Legendary Tigerman.
Lembro-me de o ver a tocar para "meia dúzia" de interessados e mais alguns curiosos no Fórum de Aveiro, há cerca de cinco ou seis anos atrás, e de admirar a forma como ele cativou uma audiência que - claramente - "não sabia ao que ia".
Eu já conhecia Wray Gunn mas nunca tinha visto o one man band ao vivo e o que gostei logo na altura, foi do sentido de humor bastante corrosivo e do empenho do músico em dar tudo de si, fosse para muita, fosse para pouca gente.
The Legendary Tigerman consegue hoje em dia, muito à custa dos seus cada vez melhores discos, encher qualquer cine-teatro do País, nada disso "caiu do céu", todo esse reconheciemnto foi atingido por muita luta.
A capacidade de lutar sempre, é provavelmente a qualidade que eu mais admiro no Paulo Furtado.
Ele é mais um daqueles artistas que merece tudo de bom, porque, acima de tudo, não se encosta aos "louros conquistados" e continua a lutar por mais e melhor.
Os temas que todos ouvimos foram estes:

Desta vez gostei particularmente dos temas "Honey You're to Much", sempre acompanhado de excelentes imagens, do "The Saddest Thing to Say" que creio ter ouvido ao vivo pela primeira vez, pelo menos com a Lisa Kekaula a acompanhar pelo video, foi a primeira vez de certeza.
E claro, em qualquer concerto do The Legendary Tigerman, sabe sempre bem ouvir os magníficos "Light Me Up Twice" e "Route 66"- a melhor estrada do Mundo, como ele referiu.
O melhor que eu tenho a dizer dos seus concertos é que já vi vários, sempre com a alinhamentos diferentes, e não me canso de ver, até porque a abordagem que ele faz ao público também é sempre diferente e interessante de acompanhar.
Deixo aqui mais uma das suas frases emblemáticas:
"Só batam palmas se estiverem convictos do ritmo a que estão a bater..."

2 comentários:

dj duck disse...

Eu vôu vê-lo aqui no plano b!
Abraço
dj duck

TZ disse...

Há tempos vi um documentário sobre esta geração de músicos de Coimbra, documentário de que não recordo nome nem nada mas de que gostei muito.