domingo, 28 de junho de 2009

Uma Noite Inesquecível II

Depois de dois dias de preparação em Massamá em que a única música que se ouviu foi The Cure, o grande dia tinha finalmente chegado. No metro já se viam dezenas de “Robert Smiths”, era incrível a negritude que invadiu a zona da Alameda, praticamente não se viam outras cores que não o preto e o branco.
Com uma máquina gentilmente emprestada por uma amiga, lá íamos fazendo o registo do que víamos. Deu até para fotografar um desacato entre um punk daqueles a sério e um mal-educado automobilista que tentou forçar passagem pelo meio daquela massa de fãs, nas imediações do estádio, era um mau dia para se ter pressa naquela zona de Alvalade. A única pressa era a de querer que se iniciasse o concerto há tanto tempo esperado. Depois dessas peripécias, lá começámos a entrar para o recinto, revista à entrada, nem uma garrafinhas de água nos deixaram levar. Ao irmos para o relvado encontrámos logo um grupo de malta do Sardoal que iria ficar connosco o resto da noite, passado pouco tempo juntou-se o Zé e Carla, estava então o grupo reunido para a grande noite.
As hostilidades foram abertas pelos Shelleyan Orphan que serviram de “aquecimento” para o que vinha depois, é sempre ingrato para uma banda fazer a primeira parte de um concerto assim, eu por exemplo não me lembrava das músicas desta banda, mas agora, graças à internet tenho aqui este vídeo do single do álbum que eles editaram em 89 e que, seguramente, cantaram naquela noite.

Depois vieram então os The Cure, tinha sido para os ver que mais de vinte mil almas se tinham reunido naquele local, a abertura foi esta:

O alinhamento foi este:
Plainsong Encore 1:
Pictures of You Lullaby
Closedown Close to Me
Kyoto Song Let’s Go To Bed
A Night Like This Why Can’t I Be You
Just Like Heaven
Last Dance Encore 2:
Fascination Street Hot Hot Hot
Cold Three Imaginary Boys
Charlotte Sometimes Boys Don’t Cry
The Walk
A Forest Encore 3:
In Between Days Homesick
The Same Deep Water as You Untitled
Prayers for Rain Faith
Disintegration

A tal máquina fotográfica desapareceu para sempre naquele relvado, ainda procurámos bastante, mas foi impossível encontrá-la, ainda vai valendo a memória visual para lembrar o momento. Depois do concerto ainda houve uma tentativa frustrada de ir a uma discoteca e acabámos a jogar poker de dados, até de madrugada na casa de Massamá.
Hoje cumprem-se exactamente vinte anos desde essa noite inesquecível.

1 comentário:

dj duck disse...

Pois é Meu Caro,já passaram vinte anos,eu no 10 ano no António Nobre.Eu fui com a minha Amiga Guikas,com o Pof.Eduardo,por onde anda esse ganda maluco?,a Alice,a Catarina...a Joana...
Que noite,que músicas,que sensações...
Abraço
dj duck